sábado, 28 de junho de 2008

O Espelho

Quando nos olhamos no espelho estamos sempre de cara-a-cara com um infinito...
O nosso ser reflete-nos, e nós reflectimos de volta.
Sabemos que nos estamos a ver, por isso às vezes somos
diferentes...
Daquilo que realmente somos...quando nos olhamos no espelho.
Nós nunca conseguimos encontrar a nossa “essência,” somos indefiníveis.
Somos parte do que os outros vêem,e também do que pensam de nós.
Parte do que nós vêmos, parte do que ninguém vê, parte do que fomos…
Temos um infinito dentro de nós,que se está sempre negando e afirmando.
Afirmando a sua negação...
A nossa imagem material,queiramos ou não,será sempre preponderante na nossa vida.
Saber viver com ela e aceita-la como tal,é entrar nesse infinito.
O nosso infinito...
Quiçás uma faculdade intelectual... de estímulo para o nosso bem estar.




(em "Palavras Vivas")

domingo, 1 de junho de 2008

A Fragilidade da Vida...- O Programa 1 -


Quando começamos a reflectir profundamente sobre nós,o porquê da nossa existência,a nossa origem,o nosso comportamento no dia a dia da nossa vida etc etc...
Temos momentos,em que a dúvida nos assalta e nos impede porventura ir mais longe,na nossa investigação personalizada.
A confusão instala-se.
A fragilidade dos nossos pensamentos,as incertezas que eles próprios fabricam na nossa mente,levam-nos por vezes a seguir vários caminhos,num só caminho.
Nós os humanos,os donos da terra,nós que decidimos do rumo da nossa vida,que dependemos de nós próprios.
Pensamos nós,que assim é...
Pura ilusão...
A maior parte das vezes acreditamos,naquilo que queremos acreditar.
Em determinados momentos,evitamos de ver e ouvir a verdade.
Também acontece,com bastante frequência não termos acesso a tudo,que nos transmita confiança para crer...a desconfiança começa a ganhar terreno.
Por mais que se deseje acreditar que o ser humano é superior, a nossa natureza não é diferente da dos demais seres vivos.
No caso concreto do homem,estamos na terra a realizar o que nos foi imposto...por quem?
É verdade que somos todos iguais,da maneira como surgimos no "teatro da vida" e dela desaparecemos...
Somos substituidos por outros nossos semelhantes que prosseguirão a obra que nunca mais acaba...
O nosso "programa de vida",se assim podemos chamar,é de uma maneira geral igual para todos...será?
Alguém tem dúvidas?
Senão vejamos:Nasce uma nova vida,um corpo humano,no mesmo preciso momento um programa("a mente") instala-se,ou apodera-se dele...
O corpo desenvolve-se em várias fases do seu percurso,se não houverem imprevistos de maior.
A primeira fase primária em que se aprende a falar,a locomoção,e muitos outros mecanismos,todos eles importantes e com as suas funções definidas.
Numa outra fase já mais avançada(adolescência),surgem os apetites sexuais do corpo,e tantos outros para o seu normal desenvolvimento,assim determina o programa.
Há uma união de duas pessoas,casamento,derivado a um afecto intenso,á química visual,á sensualidade de que disposmos em maior ou menor grau,e outros factores não menos relevantes e ás potencialidades do nosso corpo que conjugadas,com todo este estado de coisas...
Faz surgir a maior fantasia da vida...
O Amor.
Construir uma casa,ter filhos,salvo raras exepções,é sempre o caminho a seguir...
Existem muitas outras coisas,que se repetem infinitivamente no ser humano.
Claro está isto se não houver qualquer deficiência na parte "mecânica"(corpo),e no programa("a mente").
Há vários programas nem sempre com as optidões necessárias,ou imperfeitos,deficientes se assim quisermos,para "conduzir" o corpo no percurso normal da vida.
Como surgiu sobre a Terra a primeira manifestação de vida?
A teoria evolucionista afirma que todos os organismos viventes parecem ser fruto de uma série de mudanças genéticas, pelo qual, remontando-nos progressivamente para trás no tempo, chegaríamos a poucas, senão uma só entidade vivente original.
(em "A Fragilidade da Vida"-O Programa 1) (continua...)

A Fragilidade da Vida...- O Programa 2 -


A vida!
Mas, o que é em realidade um organismo vivo?
Num plano estritamente científico a vida pode ser definida como "um processo químico de autoperpetuação", que é iniciada com o nascimento e acaba com a morte.
Deste ponto de vista o organismo vivo não seria mais que essa entidade "capaz de desencadear a reacção química e de mantê-la".
Naturalmente esta definição científica parece demasiadamente simplista, sobretudo, se é aplicada a organismos superiores, e em particular ao homem, e de certa forma, com todas as suas limitações e pobreza.
Embora as pessoas se acostumem a pensar que são melhores, que a nossa espécie foi criada à imagem e semelhança de um ser superior, os cientistas têm dito que as coisas não aconteceram bem assim.
Muito do nosso comportamento "civilizado" está relacionado com o comportamento animal.
Seguindo a teoria da evolução, podemos compreender que a mente(o programa) também passou pelo processo evolutivo assim como todos os órgãos, e pôde-se tornar mais complexa em simetria com o aumento do volume encefálico.
Contudo, há estruturas cerebrais primitivas relacionadas intimamente com comportamentos reflexos e processos emocionais que nem sempre são compreendidas em termos racionais, mas que de facto influenciam o nosso comportamento de forma decisiva.
Talvez essa influência seja aquilo que se chama de "inconsciente".
Quando temos um pensamento que gera uma imagem de uma situação triste, um sentimento de tristeza, em maior ou menor grau, é despertado, da mesma forma que, quando nos sentimos tristes, tendemos a recordar mais dos maus momentos que vivemos do que dos momentos felizes.
Portanto, dizer que o pensamento é racional e puro, no sentido de que é desprovido de uma "carga" emocional, é sustentar uma ilusão.
Este estado de coisas passa despercebidamente pela maioria das pessoas, e continuamos a dividir os nossos actos em "racionais" e "irracionais" como se fossem algo qualitativamente diferentes.
Mas não são...
Gostamos de acreditar que somos superiores porque fomos à Lua... porque construímos armas atómicas... porque conseguimos um grande nível de manipulação biológica... mas raramente pensamos nos nossos semelhantes que morrem de fome,que morrem de frio e que são discriminados pelas suas crenças,comportamentos ou opiniões diferentes.
Mais recentemente com o tremor de terra que devastou a China,ou o ciclone que varreu a antiga Birmãnia,em que milhares de pessoas morreram e outras ainda sofrem as consequências...quais foram os nossos pensamentos em relação a estes acontecimentos?
Ou em relação talvez ao nosso vizinho,ali mesmo ao lado que está a sofrer,e nós ignoramos...
Poucos...pensamentos tivemos para com eles.


(em A Fragilidade da Vida...- O Progama 2 -

A Fragilidade da Vida...- O Programa 3 -


Pensando assim, talvez não sejamos tão superiores...como queremos fazer crer a nós próprios.
Muitas vezes a mente humana foi comparada a um computador.
Guardando as devidas proporções, ela é de facto um "órgão de computador", responsável pela ordenação e funcionamento das informações produzidas pelo corpo e por ela própria.
De forma diferente de um programa de computador, mente e cérebro foram-se auto-organizando com o processo da evolução da espécie humana.
Ao longo dos tempos, percebe-se uma organização cada vez mais complexa.
Quanto mais complexo o organismo se torna,procurando valores diferentes de subsistência, maior é a necessidade de uma estrutura que receba adequadamente todas as informações e processe-as com agilidade e precisão.
Podemos dizer que no organismo humano a mente, não é necessariamente assim tão precisa nos processos perceptivos, mas de longe possui uma habilidade que nenhum outro organismo possui: a flexibilidade para o processamento da informação.
Mecanismos mentais como os sentimentos, os processos lógicos de raciocínio e tomada de decisões são resultados do processo evolutivo da espécie humana que, de alguma forma, proporcionaram grandes vantagens evolutivas, e em vista disso permaneceram.
Desta forma, a estrutura (cerebral) e a função (mental) foram modelados pelas contingências da sobrevivência e adaptaram-se mutuamente.
Podemos então dizer que, se o cérebro é uma espécie de "computador", é de um tipo muito especial, pois o mecanismo e o programa que o fazem funcionar foram-se constituindo simultaneamente.
As funções desempenhadas pela mente, ao longo do processo de evolução da espécie humana,tiveram um papel predominante e que favoreceu a luta pela sobrevivência.
Esse conhecimento é de utilidade fundamental,visto que é pela compreensão da estrutura de funções como auto-estima, afecto, egoísmo e altruísmo que se poderá compreender o estabelecimento de transtornos mentais.
As grandes faculdades da mente...não evitam também,uma certa fragilidade em alguns aspectos,uma certa insegurança...como já deixamos perceber no início desta reflexão.
A perfeição não existe...simplesmente porque tudo é uma evolução sem fim...
A nossa mente,assim como muitas outras coisas é algo de fantástico,sempre á procura da perfeição que nunca alcançará...
(em A Fragilidade da Vida...- O Programa 3 -)

O Mar...da Cova.

O Mar...da Cova.
Praia da cova...teu mar é imenso,tem muitas estórias para contar.Quando era criança quis alcançar o teu fim...nos meus pensamentos.O teu horizonte era a minha amante longínqua...As dunas a cama aonde um dia me iria deitar contigo...

Que dia é hoje?

Só existem dois dias no ano,em que nada se deve fazer.
Um chama-se ontem,e o outro amanhã.
Por isso hoje é o dia para amar,crer,fazer e principalmente viver...

Ponte dos Arcos...na Gala

Ponte dos Arcos...na Gala
Velha Ponte dos Arcos...Ponte da minha infãncia.Tua vida chegou ao fim...mas a tua imagem ficará sempre em mim.Olhas o rio,como quem olha o espelho da vida.Já viste alguém nascer...quem sabe!Não evitas-te que junto a ti alguém morresse.

Praia da Cova...

Praia da Cova...
O perfume do teu mar...é o presente,foi o passado e será o futuro da minha existência...